segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ESTADISTA E GENERAL INGLÊS REVOLUCIONÁRIO REPUBLICANO






01 DE DEZEMBRO: Na revolução inglesa defendeu a moralidade e a liberdade de consciência: Oliver Cromwell.

01 DE DEZEMBRO: Neste dia, no calendário histórico de Auguste Comte, no mês da POLÍTICA MODERNA,
o MÊS DE FREDERICO, o tipo humano homenageado como chefe da semana nos anos bissextos é:

CROMWELL
Oliver Cromwell
(nasceu em 1599, em Huntingdonshire, Inglaterra; morreu em 1658, em Londres)

ESTADISTA E GENERAL INGLÊS REVOLUCIONÁRIO REPUBLICANO

De acordo com a Filosofia da História, o Calendário Histórico mostra a evolução cultural por meio das maiores figuras humanas. Indica a faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da fé medieval, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os estadistas da nova civilização, que antes obedeciam às normas políticas dadas pelo conhecimento com base nas crenças em divindades e passa ao saber político firme comprovado, isto é, do saber positivo sobre o próprio homem, sobre o mundo e seus princípios gerais
Nesta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoltas anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a participar da tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados das crenças antigas. Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Por Ângelo Torres

CROMWELL nasceu em Huntingdon, na Inglaterra, em 1599. Era o filho único de Robert Cromwell, que tinha sido membro do Parlamento, era proprietário e juiz de paz. Cromwell estudou no Sussex College em Cambridge e depois no Lincoln’s Inn em Londres.
Ele pertencia à aristocracia sem títulos. Participou no terceiro e no quarto parlamento do rei Charles I. Notabilizou- se no Long Parlement, então com a idade de 41 anos, em 1640. Cromwell fazia parte de uma rede de descontentes com o governo de Charles I, que reinava com arbitrariedade e não procurava reprimir os adeptos do catolicismo romano.
Charles I durante 11 anos governou sem convocar o Parlamento. Quando teve que obter dinheiro para combater a rebelião na Escócia, o rei foi forçado a fazer a convocação do Parlamento. Esse congresso foi chamado de Long Parlement.
A partir de novembro de 1741, Cromwell propôs que o Parlamento fizesse uma “ordonnance” para que fosse formada uma milícia do parlamento com cidadãos comuns, não nobres. Foi a primeira vez que uma decisão parlamentar, sem aprovação do rei, proporia a preparação para a guerra. A figura de Cromwell se destacou quando a luta começou e a atenção foi chamada por sua energia e por suas vitórias militares.
Embora entrando tarde na carreira da guerra, Cromwell provou ter todas as qualidades de um grande capitão: sua prudência, a capacidade de previsão e de organização, a habilidade estratégica, do que fazer e a habilidade tática, de como fazer, tudo junto a uma coragem que nada podia abater.
A Primeira Guerra Civil começou em 1642, Cromwell tomando as armas contra o rei junto com outros membros do Parlamento. No ano seguinte foi feito coronel de um regimento de cavalaria, que ele conduziu a vitórias sucessivas. Após muitos combates, ele tornou-se general de cavalaria e teve papel principal na derrota do rei na Batalha de Naseby em 1645, que terminou a Primeira Guerra Civil.
O rei Charles I em 1647 se negou a obedecer às ordens do Parlamento e do exército e fugiu. Fez uma aliança com os escoceses para invadir a Inglaterra, dando início à Segunda Guerra Civil. Cromwell reuniu novamente o exército, vencendo dos escoceses na sangrenta Batalha de Preston em 1648. O rei demonstrara não ser confiável, o que fez o Parlamento realizar o julgamento, a condenação e a execução do rei por decapitação. Mais importante foi o golpe dado na aristocracia e no clero pela abolição da HOUSE OF LORDS, a Câmara dos Lordes, que reunia os nobres com títulos de privilégio e os bispos anglicanos.
Com a execução do rei, foi formada a Commonwealth of England, o que tornou o país na República da Inglaterra, como diz Ian Roy, do King’s College, da Universidade de Londres.
Oliver Cromwell representou bem a sua época na evolução da sociedade, com o processo de realização do PRINCÍPIO DE IGUALDADE, o esforço de rebaixamento político da aristocracia inglesa e do fim da monarquia. Ao mesmo tempo, ele defendeu a mais estrita moralidade e a maior liberdade de consciência, com a valorização do cidadão comum. Foi o mais avançado estadista que o protestantismo apresentou, embora sua revolução tenha falhado por falta de preparação mental da direção. A morte o surpreendeu prematuramente, em 1658, com 59 anos de idade.
A grande revolução inglesa é a segunda revolução protestante na Europa, na evolução da sociedade depois do fim do feudalismo. A revolução da Holanda foi a primeira, uma heróica luta para libertar o pequeno país do retrógrado e poderoso domínio católico espanhol. Esses dois eventos correspondem á aplicação dos dois princípios de destruição das instituições medievais e católicas: a afirmação da soberania do povo e o lema da igualdade. São esses preceitos conseqüências do espírito de crítica, que nos assegura a moderna e sagrada liberdade de consciência.

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